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quarta-feira, 27 de março de 2013

Akhenaton - I



Akhenaton é um dos faraós mais falados da história do Antigo Egipto.
A partir do momento em que a sua existência foi (re)descoberta, no final do século XIX, e dependendo da formação e crenças dos que por ele se têm interessado, Akhenaton foi vilipendiado e enaltecido, continuando a ser o móbil para discussões apaixonadas. Sobre Akhenaton considerou-se que foi…
…um profundo, mas sincero, místico, precursor do monoteísmo (Arthur Weigall e James Henry Breasted),
…um ser fisicamente frágil e de formas efeminadas (Alexandre Moret),
… um prisioneiro castrado que as tropas egípcias haviam trazido do Sudão e que se tornara um rei herético (August Mariette),
… uma mulher tentando fazer-se passar por homem (Lefébure),
… um humanista (WMF Petrie),
… um reformador excessivamente zeloso mas distanciado da realidade (Adolf Erman),
… um rei racional (Rudolf Anthes),
… um degenerado  excêntrico, poeta de inteligência débil,  iconoclasta e ditador (Donald B. Redford),
… um reformador religioso que feriu a sociedade com o seu fracasso (Jan Assmann e Claude Traunecker),
… um filósofo (James P. Allen),
… um falso profeta (Nicholas Reeves),
… um adolescente problemático e descontente ( Marc Gabolde),
 um pragmático (John Darnell e Colleen Manassa).
E estas são, tão-somente, as considerações de alguns egiptólogos, que acederam a fontes e traçam um retrato do seu hipotético perfil.
A Akhenaton voltaremos, novamente, em breve, partilhando a nossa própria visão sobre o que terá sido a sua vida.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Tell el Amarna - As estelas fronteiriças



O espaço de desenvolvimento e crescimento de Akhetaton foi delimitado por estelas, cravadas nos rochedos, hoje conhecidas como estelas fronteiriças. O perímetro que delimitavam era sagrado, pertencia a Aton e aos seus fiéis seguidores. O próprio Akhenaton havia jurado nunca o ultrapassar. Mas Akhenaton morreu e, como sabemos, a sua amada Akhetaton depressa foi abandonada e esquecida.
Em 1714, Claude Sicard, um jesuíta francês, encontra uma das estelas fronteiriças e Akhetaton pode iniciar o seu regresso à luz do sol, com todos os avanços e recuos que se mantêm até hoje, nas escavações e investigações.
O que nos move hoje, ao escrever este post, é tão somente a curiosidade que estas estelas nos despertaram e, assim sendo, é sobre elas que nos debruçaremos com um conhecimento que desejamos aprofundar, ainda que tenha sido muito difícil encontrar informação sobre o tema (a este propósito destacamos o site Amarna Project - http://www.amarnaproject.com/ - onde é possível aceder a informação de interesse).
As estelas descobertas (classificadas de A a X) são genericamente compostas por texto horizontal (hieróglifos) e rematadas, no topo, em forma semicircular. Ilustram a família real em rituais votivos ao deus Aton. Algumas são ladeadas por esculturas de Akhenaton e Nefertiti, talhadas na própria rocha.
As estelas contem proclamações de Akhenaton, feitas nos anos quinto, sexto e oitavo do seu reinado, destinadas a esclarecer os propósitos da fundação e limites da cidade.
Infelizmente a erosão danificou muito do seu conteúdo e beleza mas é ainda possível apreciar um pouco da sua imponência, nas chamadas estelas A e na N.
Estela A
Estela N
Na verdade, as estelas fronteiriças são mais um dos tesouros de Amarna, talvez não tenham a beleza do famoso busto de Nefertiti, mas têm seguramente, para os apaixonados pelo Egipto Antigo, o encanto e a força anímica de um empreendimento colossal imaginado e concretizado por um Faraó com a coragem de ser diferente e, quem sabe, pioneiro no seu género.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Setenperé


Escolhida de Ré”

     Pouco se sabe sobre esta princesa, quinta e última filha de Akhenaton e Nefertiti.

     Aparece representada na cena da festa celebrada no oitavo dia do inverno do ano décimo segundo do reinado do Faraó (túmulos de Akhetaton), como tal, deverá ter nascido entre o nono e o décimo-segundo ano do reinado de Akhenaton.

    Existem poucas representações iconográficas que a retratem, mas deverá ser uma das princesas representadas na pintura mural exposta no Ashmolean Museum de Oxford:

    Como não está representada no enterro de Meketaton deverá ter falecido antes, com menos de três anos, vítima de eventual epidemia que reduziu a duas as princesas da família real.
Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Setepenr%C3%A9_%28filha_de_Akhenaton%29

terça-feira, 12 de março de 2013

Neferneferuaton-Tasherit



Neferneferuaton-Tasherit, quarta filha do faraó Akhenaton e Nefertiti, terá nascido no ano sétimo ou oitavo ano do reinado de seu pai. Foi a primeira das filhas de Akhenaton a nascer na recem fundada capital Akhetaton.
Neferneferuaton-Tasherit uma das suas irmãs

Em Durbar no ano doze do reinado de Akhenaton
O título Tasherit, agregado ao seu nome, significa “A jovem” e pretende esclarecer que não se trata da Neferneferuaton Nefertiti (Neferneferuaton  é também um dos títulos de sua mãe) que os egípcios já conhecem, mas sim de uma nova personalidade.

Sabe-se muito pouco sobre esta princesa egípcia mas julga-se que terá morrido ainda jovem vítima de epidemia que afetou a cidade de Amarna.
Imagem em:
 http://en.wikipedia.org/wiki/Neferneferuaten_Tasherit
http://greaterancestors.com/neferneferuaten-tasherits-elongated-skull/

segunda-feira, 11 de março de 2013

Ankhesenpaaton



Ankhesenpaaton foi a terceira filha de Akhenaton e de Nefertiti. A data do seu nascimento é desconhecida.
O seu nome significa “A que vive por Aton”.
 Ankhesenpaaton aparece em muitas representações, na companhia do casal real e das suas irmãs mais velhas.
Ankhesenpaaton acaricia o rosto de Nefertiti
Ankhesenpaaton ao colo de Nefertiti
Após a morte de Akhenaton, Ankhesenpaaton desposou Tutankhaton, convertendo-se em Grande Esposa Real quando este se torna faraó. Tutankhaton restabelece (voluntariamente ou não) o culto de Amon e reabre os seus templos. Perante esta mudança de rumo religioso e político, os jovens esposos, alteram os seus nomes para Ankhesenamon e Tutankamon.
Quando a morte afasta Tutankhamon da sua jovem esposa, esta praticamente desaparece dos registos oficiais do Egipto.
Em 1922, quando o arqueólogo inglês Howard Carter, faz a fantástica descoberta do túmulo de Tutankhamon (KV-62), foi possível trazer, novamente, à luz vários artefactos em que a esposa real está retratada. Também neste túmulo foram encontrados dois fetos sepultados, pertencentes a duas filhas do casal.
Imagens:
http://antikforever.com/Egypte/Reines/ankhesenamon.htm
http://arqueologiaegipcia.com.br/aegipcia/tag/ankhesenamon/
http://gl.wikipedia.org/wiki/Ankhesenamon
http://wysinger.homestead.com/kingtutankhamunshine.html